domingo, 9 de janeiro de 2011

Uma servente (apaixonada) real.



Queria entender o porque deste destino, talvez cruel aos olhos de quem ver, e perfeito aos olhos de quem sente. Estava sentada e frente ao grande palácio, pronta para meu primeiro emprego real na Inglaterra, esperando Príncipe William chegar com sua noiva para lavar o chão por onde pisasse.

- Ei você! Não está no lugar certo sua menina tonta. – disse a mestre de cerimônia. Estava todos as espera do príncipe solteiro para a grande solenidade de transferência da coroa ao seu irmão, já casado. Era injusto, tinha dois, ele podia me pegar para casar e assim não ficaria lutando por aí, como se tivesse obrigação de aturar bombas atômicas.

- Desculpe senhora, mas o que devo fazer depois de pegar as flores que estiverem no chão?

- Correr para arrumar a cama do príncipe, ele irá dormir no palácio hoje, e não se esqueça de sair de lá antes da festa chegar. Caso faça algo errado, será despedida.

- Sim senhora. Entendido.

Precisava desse trabalho pra pagar Oxford. Foi uma luta conseguir a meia bolsa e ficou a meu cargo conseguir o outro resto. Faria Direito como minha mãe sempre quis, e eu também. Meu nome é Rose Austin, e sou a mais nova servente da Rainha Elisabeth.

Era chegada do momento, estávamos todos a posto, os ladrilhos estavam limpos, o sol brilhava a pele da rainha junto as suas jóias, misturavam-se com a grandiosidade do palácio, e os cavalos vestidos de vermelho, traziam logo atrás, o príncipe junto com sua noiva, e o então neto solteiro, mas conhecido como Henrique de Gales, vinha com o cavalo só, galopando grandioso, as cornetas anunciavam, era chegada do novo rei da Inglaterra.

- Rose, agora, jogue as pétalas! – escutei ao longo.

- E que seja bem-vindo o novo rei da Inglaterra – repetíamos.

As pétalas vermelhas caiam ao rosto da ilustre Elisabeth, constrantando-se com o sorriso belo que tinha.

-O portões fecharam, e a guarda real já estava cercando todos os portões com suas grandes espadas, e lá vinha Margareth, a mestre de cerimônias.

- Você jogou as pétalas muito em cima da Rainha Rose, preciso que se esforce mais para que não faça as coisas erradas, agora por favor, tire esse vestido preto e corra para o quarto do príncipe, preciso que esteja pronto em duas horas, não creio que alguém que acabou de chegar de uma missão no Haiti, demore muito no coquetel. – e respirou segurando em meu ombro – não estrague nada, e ele não pode ver você, segurança real.

- E o quer que arrume? Pensei que nesse imenso palácio havia serventes para fazer isso.

- Não permitimos que entrem no palácio antes, durante ou depois de eventos importantes, por isso que existe serviços gerais comandados por mim. – Margareth tirou algo do bolso e entregou-me – ligue quando terminar, irei buscar você para que não se perca e que não acabe no salão real, como conheço você. E a única coisa que peço que faça, é limpar o chão, arrumar os livros na ordem alfabética, e arrumar a cama, e limpar o porta coroa que fica do lado do guarda-roupa.

- Tudo bem...Mas alguma restrição? Porque limpar o chão é barra!

- Não mexa nos papeis que ficam na escrivaninha, nada pertence a nós, e é proibido mexer nas coisas do príncipe, é ordem. Não abra os livros, e muito menos chegue perto do piano.

- Agora corra, vá pela cozinha, que é na porta atrás do palácio, e não se esqueça, já perdeu 15 minutos de duas 2 horas.

Estava correndo por entre os jardins, meu vestido parecia já não suportar tanta correria.