Já era manhã de inverno em Nova York, as folhas do Central Park já estavam espalhadas pelo chão, e os flocos de neve, estavam entre eles, mais juntos do que nunca, formando a paisagem perfeita de um frio forte que ainda estava por vim, e eu já estava atrasada para descer as escadas, para trabalhar.Minha mãe é dona de um café aqui em Nova York, ele é muito famoso, as pessoas parecem viver aqui, é sempre bom quando o vejo vazio, significa sinal de descanso.
- Você é uma péssima mãe, sabe como é que é?
Peguei o avental do BR Coffe, e o vesti com a mesma fúria de todas as manhãs.
- Trato é trato, você quis vir, agora é melhor se acostumar, se quiser continuar.
- Você sabe que eu não queria, trabalhar, mas se é esse o preço para sair do Brasil, é, você até que é uma boa mãe. – e sorri.
- Ali, tem um cliente esperando, a sua bandeja rosa está na estante, mandei limpar especialmente pra você – minha mãe tinha um humor inacreditável, e eu ainda me deixava levar por suas promessa fails. – e não se esqueça meu amor, estamos em Nova York, fale inglês.
- I understand, mom. – e sorri.
O letreiro anda desligado, chamava mais atenção do que nunca, por entre as portas, observava as pessoas com seus casacos até o pescoço, contrastando com os grandes prédios, e o táxis indo e vindo por entre as ruas da cidade. Algo estava puxando meu avental.
- Você pode me ajudar? Preciso de um café com bastante açúcar, e um pão quente até queimar minha língua.
- Você pode repetir por favor – e sim, a tarefa de falar inglês estava ficando difícil.
Eu já estava cansada, minha mãe resolvera fechar para o almoço, e eu já tinha que subir, para esperar meu professor particular, minha mãe achava que entrar em uma escola seria difícil com meu inglês profissional.
Era uma derrota, já fazia 6 meses que eu estava aqui, e nenhuma amigo, além de Hutson, meu sabe tudo.
- Dá pra fechar essa porta antes que entre mais alguém e meu horário de almoço desça pelo ralo Tina?
E antes que eu pudesse jogar minha bandeja na pia, algo rompera o silêncio, e meus neurônios ferveram de raiva, entrara mais alguém.
- Desculpe, mas por favor, só preciso de dois cafés – e sorriu.
- Com tanta inconveniência, uma desculpa é pouco – e virei-me. Senti algo estranho a fitar seus olhos, azuis, seu casaco estava cheio de neve, e seus lábios roxos de frio, marcados, misturavam-se com seus cabelos pretos passando levemente pela testa – E eu acho que seu café sairá em dois minutos senhor.
A vergonha tomava conta da insegurança, e a incerteza se misturava com a esperança, será que justo agora, as coisas resolveram melhorar. Meu querido diário, vai começar tudo de novo, e que seja a primeira e a ultima que ele tenha vindo por aqui, mas o pior de tudo, ele entra e sai nos estabelecimentos dos meus pensamentos.
TO BE CONTINUED....
querooo a continuaçãao , adorei mesmo ! by : rhebeca carvalho, camila's friend .
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa divaa, adooooreeei sempre vou repetir isso : tu é DIVA.
beeeijos, te amo muito.
Camismendees.
<3
Obrigaaaada ! Vai continuar logo! promeeeeto. Te amo camis.
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