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sábado, 28 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
deja vú
domingo, 9 de janeiro de 2011
Uma servente (apaixonada) real.
Queria entender o porque deste destino, talvez cruel aos olhos de quem ver, e perfeito aos olhos de quem sente. Estava sentada e frente ao grande palácio, pronta para meu primeiro emprego real na Inglaterra, esperando Príncipe William chegar com sua noiva para lavar o chão por onde pisasse.
- Ei você! Não está no lugar certo sua menina tonta. – disse a mestre de cerimônia. Estava todos as espera do príncipe solteiro para a grande solenidade de transferência da coroa ao seu irmão, já casado. Era injusto, tinha dois, ele podia me pegar para casar e assim não ficaria lutando por aí, como se tivesse obrigação de aturar bombas atômicas.
- Desculpe senhora, mas o que devo fazer depois de pegar as flores que estiverem no chão?
- Correr para arrumar a cama do príncipe, ele irá dormir no palácio hoje, e não se esqueça de sair de lá antes da festa chegar. Caso faça algo errado, será despedida.
- Sim senhora. Entendido.
Precisava desse trabalho pra pagar Oxford. Foi uma luta conseguir a meia bolsa e ficou a meu cargo conseguir o outro resto. Faria Direito como minha mãe sempre quis, e eu também. Meu nome é Rose Austin, e sou a mais nova servente da Rainha Elisabeth.
Era chegada do momento, estávamos todos a posto, os ladrilhos estavam limpos, o sol brilhava a pele da rainha junto as suas jóias, misturavam-se com a grandiosidade do palácio, e os cavalos vestidos de vermelho, traziam logo atrás, o príncipe junto com sua noiva, e o então neto solteiro, mas conhecido como Henrique de Gales, vinha com o cavalo só, galopando grandioso, as cornetas anunciavam, era chegada do novo rei da Inglaterra.
- Rose, agora, jogue as pétalas! – escutei ao longo.
- E que seja bem-vindo o novo rei da Inglaterra – repetíamos.
As pétalas vermelhas caiam ao rosto da ilustre Elisabeth, constrantando-se com o sorriso belo que tinha.
-O portões fecharam, e a guarda real já estava cercando todos os portões com suas grandes espadas, e lá vinha Margareth, a mestre de cerimônias.
- Você jogou as pétalas muito em cima da Rainha Rose, preciso que se esforce mais para que não faça as coisas erradas, agora por favor, tire esse vestido preto e corra para o quarto do príncipe, preciso que esteja pronto em duas horas, não creio que alguém que acabou de chegar de uma missão no Haiti, demore muito no coquetel. – e respirou segurando em meu ombro – não estrague nada, e ele não pode ver você, segurança real.
- E o quer que arrume? Pensei que nesse imenso palácio havia serventes para fazer isso.
- Não permitimos que entrem no palácio antes, durante ou depois de eventos importantes, por isso que existe serviços gerais comandados por mim. – Margareth tirou algo do bolso e entregou-me – ligue quando terminar, irei buscar você para que não se perca e que não acabe no salão real, como conheço você. E a única coisa que peço que faça, é limpar o chão, arrumar os livros na ordem alfabética, e arrumar a cama, e limpar o porta coroa que fica do lado do guarda-roupa.
- Tudo bem...Mas alguma restrição? Porque limpar o chão é barra!
- Não mexa nos papeis que ficam na escrivaninha, nada pertence a nós, e é proibido mexer nas coisas do príncipe, é ordem. Não abra os livros, e muito menos chegue perto do piano.
- Agora corra, vá pela cozinha, que é na porta atrás do palácio, e não se esqueça, já perdeu 15 minutos de duas 2 horas.
Estava correndo por entre os jardins, meu vestido parecia já não suportar tanta correria.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Diários Soberbos - Decepcionar-se.
Não preciso ficar medindo esforços pra conquistar o que queria, e por mais difícil que fosse, precisava aceitar a situação, e mover o que estava ao meu alcance para que ele fosse meu. Existia duas possibilidades, ele ser meu ou ele ser apenas meu.
Estavamos em frente ao meu apartamento, na esquina do café, estava escuro, as luzes da Time Square já estavam piscando, e as pessoas saindo. E ele estava ali, do meu lado, segurando minha mão.
- Você vai querer entrar? – perguntei.
- Não, eu sei que você precisa dormir, e então vou deixar você dormir.
- Você não incomoda Harry!
- Talvez outro dia, já está tarde, e eu também tenho escola.
- Tudo bem, meu celular está no seu bolso, quem sabe podemos nos ver depois. Espero sua ligação.
- Ah, claro! Meu bolso.
Harry deu um leve beijo em minha testa, e entrou no táxi.
Estava entusiasmada pela surpresa que era a aproximação de Harry comigo, e o termino do namoro com a namorada, e estava mais supresa porque agora, ele estava no meu coração e não queria que ele saísse, e isso tudo aconteceu em apenas 6 meses.
- Você chegou tarde, seu telefone não atende, onde você estava Cristina? Amanhã você tem aula, esqueceu? Você está totalmente louca, saí por aí com esse seu inglês, eu fique preocupada!
- Calma, eu estava em boa companhia.
- Quem? Posso saber? – e sentou-se no sofá, e chamou para que sentasse ao seu lado, era ridículo.
- Lembra aquele garoto, lindo, que entrou no café no inverno?
- Claro, e que eu lembre ele tem namorada.
- Eu acho que não tem mais, ele passou o dia todo comigo mãe.
- Eu vi ele hoje com ela, eles estavam aqui no café pela manhã. E você recusou descer pra tomar café como de costume.
- Com ela? Tem certeza mãe...
- Claro filha, a única coisa que ouvi foi “Te vejo amanhã na escola amor, vou relaxar a mente por aí”.
- Idiota.
Querido diário, amanhã vai ser verão, e quero aproveitar cada dia da minha vida com ou sem ele, e eu que achava que já tinha seu coração colado ao meu, talvez, estava indo tudo rápido demais. O dia apenas me ensinou que quando mais alto eu ia, mais a queda era maior, e eu espero que até lá, tenha alguém para me amparar quando caísse, e que de preferência, fosse alguém como ele, apenas ele.
My God, amazing how we got this far
domingo, 19 de dezembro de 2010
Capítulos anteriores de Diários Soberbos.
Diários Soberbos - Apenas um olhar
- Oi – e lá estava eu no outro lado da rua, e antes que pudesse virar para sentir-me retribuída por seu olhar, os carros passaram por entre nossos corpos, e desapareceu.
Respirei fundo. Ele não me viu, apenas isso.
A vida era cruel, eu estava sendo cruel comigo, e só eu não conseguia enxergar, que aquilo, não era pra mim.
- Ei você? Achou que não ia responder seu Oi envergonhado? – E eu ainda não acreditava, ele estava atrás de mim.
- Você simplesmente desapareceu, como você...Parou aqui? Posso saber? – Perguntei ainda envergonhada.
- Eu voltei. Apenas pra dizer Oi. – e sorriu.
- Muito grata por não me deixar... – Não encontrava a palavra no meu dicionário inglês/português.
- Vacúo? Você é engraçada? Parece não saber muito bem as palavras, é bem direta?
- È que realmente não sei bem as palavras eu não sou daqui.
- O quê? È brasileira? Vem cá...Você é filha da dona do Coffe BR?
- È sim, talvez, sou.
- Que engraçado, e eu que pensei que você era apenas uma garçonete, agora realmente entendo sua gentileza.
Eu também pensei que pensaria a mesma coisa. Ele era a coisa mais linda daquela rua, entre tantas pessoas, ele parecia a mais linda, a mais simpática, a mais parecida comigo.
- Me desculpe sobre aquele dia, em especial, eu odeio aquele emprego.
- Entendo, desculpas aceitas, para onde está indo?
- Fazer compras. E você? – fiquei parada com minhas pernas tremendo e meu estomago gritando de fome, misturado com a emoção de tê-lo ali na minha frente.
- Fazer compras – e deu uma piscadela chegando um pouco mais perto – Como é o seu nome?
- Cristina – e sorrimos juntos.
- Fazer compras com a Cristina – e completou – Meu nome é Harry, pode me chamar de Justin Timberlake também, me acham muito parecido com ele.
Eu não estava entendendo absolutamente nada. A namorada ele estaria por perto? Eu estava entrando em colapso nervoso de tanto amor por essa criatura, que por sinal, fazia Justin Timberlake rastejar em seus pés.
- Que ironia, a Cristina é sua namorada? Aquela do café.
- Você é meio tonta não é? Vamos andando, ainda quero tomar café.
Fomos andando por entre a Time Square toda, ele entrava em todas as lojas comigo, eu estava atrás apenas de uma coisa, aquela que eu mais queria quando chegasse aqui. I Heart New York.
- Você está achando o que? – perguntou Harry quando estávamos sentados em um quiosque na calçada, bebendo um pouco de água.
- Você está esperando a Cristina? – perguntei.
- Que Cristina? Eu pensei que eu estava com você, como é seu nome afinal?
- Cristina. – eu estava mais confusa do que nunca, o chão petrificado, parecia apertar meus pés para que ficasse, e o céu já estava escurecendo, misturando-se com o cheiro dos perfumes das pessoas voltando para casa, eu havia passado parte do meu dia com ele, e eu ainda não havia entendido.
- Então. Eu passei o dia todo com você, não gostou?
- Não, quer dizer, eu amei, mas eu pensei que você estivesse falando de outra pessoa.
- Mas quem poderia ser Cris? Eu estou aqui, não estou?
Dei um gole maior no meu copo de água, eu não estava acreditando, seu principal interesse por estar aqui, era eu, eu, Cristina.
- Eu preciso ir. Você se incomoda?
- Não, quer dizer, sim. Posso deixar você em casa? - e levantou-se.
- Sim, claro.
E entre todos os olhares desatentos, buscando um pouco de atenção, eu havia achado alguém por mim, e que de ínicio, me parecia a pessoa mais errada para me dar essa devida atenção.
- Segura a minha mão Cristina, não quero perder você.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Diários Soberbos - Apenas sentimentos
- Só por curiosidade, como vai levar dois cafés nesse frio? – minha mãe perguntara ainda na cafeteira.
- È que minha namorada está com um pouco de medo de infestar seu café de lama, por causa da neve. – e sorriu.
Ótimo, ele tinha namorada, burra eu pensar que olharia para a garçonete mal educada.
- Obrigada, me desculpe por chegar assim, mas é que...Está muito frio. – e desapareceu.
- Desapontou foi minha filha?– e sim minha mãe já sabia que eu estava boba, boba por tamanha beleza naquele estabelecimento. Precisava de uma escola rápido, ou para ser mais precisa, pessoas.
- Azar o meu. Você é uma péssima mãe, repito, eu já disse que posso entrar em um colégio, eu posso me virar, eu não sei, só quero que me tire dessa esquina, e desse café o mais rápido possível.
- Você pode voltar para o Brasil se quiser.
- Vamos fazer um acordo? – cheguei meu rosto o mais perto dos olhos de minha mãe. – Elena, eu prometo, se eu for mal na escola, eu posso voltar, e não vou reclamar.
- Quem me garante que você vai cumprir?
- È minha felicidade em risco mãe, eu prometo que vou me esforçar o bastante esse último mês com as aulas de inglês com o Hutson.
- O juiz não vai gostar disso.
- Ele não vai gostar é de saber que você me tirou de outro país para me privar de estudar e me prender em um café chato, que não para de chegar pessoas, e sabe qual é a sua salvação? È que ainda entra pessoas interessantes.
- Tudo bem, você pode. Se você não for bem, você volta para o Brasil para morar com seu pai.
- Fechado. Agora eu vou subir, meu professor está chamando.
Já era noite, as luzes do meu quarto estavam apagadas, meu rosto apenas iluminado pela luz do luar, se direcionava apenas para a janela.
Levantei-me, e encostei-me ao vidro, meus olhos observavam as ruas cheias de casais, as luzes brilhavam nos prédios, o café dava lugar aos refrigerantes, cervejas, cinema, diversão,e eu estava apenas a sua espera. Ele havia ido muitas vezes depois daquele dia, e levado alguém junto consigo. E por uma parte gostava, porque eu sabia, que veria seu sorriso, e a minha maior vontade era de acordar, porque saberia que o veria de novo. Busquei minha cama como conforto, e meu diário estava ali, mas meu cansaço estava me dominando, mas em pouca palavras queria registrar um pouco de felicidade que ainda me restava, ou talvez esperança.
Querido diário, por um milagre, minha mãe resolveu me botar em uma escola, e espero que seja breve. E só de saber, que aquele garoto, aquele que eu olhei em seus olhos e vi o oceano, já tinha alguém nadando por lá. Já faz mais de um mês que o vira, e ainda não conseguia tirar aquela criatura da minha cabeça, mas quem ligava? Eu quero mais, e eu sei que posso conseguir. Minha capacidade de conseguir o que queria parecia menos eficiente quando ele entra naquele lugar, me sinto, impotente, e eu só sou capaz de me perguntar, onde está a velha Cristina coração de gelo?
Um mês depois.
Hoje era meu dia de folga, e como sempre eu ia fazer compras por Nova York, faltava apenas um dia, e eu já estaria fazendo meu colegial como uma adolescente normal.
Peguei minha calça grossa, meu casaco de costume, botei as luvas, e sair rumo a porta, e antes que minha mãe pudesse falar algo:
- Estou saindo, e não sei que hora volto, não seja má, eu não vou me embebedar, só vou comprar.
- Tudo bem. Quer um café?
- Vou atrás de algo mais gorduroso. Adeus.
EMPIRE STATE era maravilhosamente lindo, e muito enorme, pessoas pareciam formigas, mesmo no frio, passeando de um lado para o outro, correndo contra o tempo, cheias de agasalhos, e narizes vermelhos, misturando-se com os carros elegantes, e helicópteros a todo tempo carregando os empresários mais cobiçados de toda a América, e eu ainda estava a procura de alguém.
Era melhor correr, o sinal estava aberto. E antes que pudesse dar os primeiros passos, algo acontecera que não podia acontecer, e logo agora, e justo hoje, e como?
Era ele, com seu jeito inconfundível, e acima de tudo, estava sozinho, seus cabelos bagunçados, e seu casaco moletom junto com o capuz cobrindo seu rosto, cruzava comigo na faixa de pedestre, como será que estava olhando para ele? Eu o queria. Existia outra razão para falar algo fofo?
- Oi – e lá estava eu no outro lado da rua, e antes que pudesse virar para sentir-me retribuída por seu olhar, os carros passaram por entre nossos corpos, e desapareceu.